quarta-feira, 16 de junho de 2010

Idiomas

O idioma oficial e o mais falado no conjunto da Espanha, por 99% da população, é o espanhol, língua materna de 89% dos espanhóis, que pode receber a denominação alternativa de castelhano. A estimativa do número de falantes em todo o mundo vai desde os 450 aos 500 milhões de pessoas, sendo a segunda língua materna mais falada depois do Chinês. Prevê-se que se torne a segunda língua de comunicação internacional depois do inglês no futuro, e é a segunda língua mais estudada após o mesmo.
Além disso, falam-se outras línguas que podem ser oficiais em suas regiões, de acordo com a Constituição e os Estatutos de Autonomia de cada Comunidade Autônoma, e co-oficiais para o resto do país. Ordenadas por número de falantes, estas Línguas são:

Catalão:(9% da população), oficial na Catalunha e nas Ilhas Baleares e, sem estatuto oficial, na chamada "Faixa de Aragão" e na comarca de "El Carche", em Múrcia. Oficialmente, se denomina valenciano na Comunidade Valenciana, onde também é oficial.

Galego:(5% da população), oficial na Galiza. É falado também em algumas zonas das províncias de Astúrias, Leão e Zamora, sem estatuto de oficialidade.

Basco:(1% da população), oficial no País Basco e terço norte de Navarra, donde se denomina estatutariamente "vascuence". É falado também na zona mista de Navarra (onde o basco, sem ser oficial, tem certo reconhecimento) e de forma mais minoritária na zona "bascófona".

Também se falam uma série de línguas ou dialetos românicos que não tem estatuto de língua oficial: o asturiano, falado nas Astúrias (chamado Bable), Leão, Zamora (chamado "leonês"), Salamanca e Extremadura (chamado "extremenho") e o aragonês no norte de Huesca.
O aranês, variante do occitano, é considerada co-oficial na Catalunha, onde é e falada nos municípios do Vale de Arão (Lérida).
Igualmente, o português é falado em algumas localidades fronteiriças extremenhas, principalmente por portugueses ali residentes.
A Espanha ratificou em 9 de abril de 2001 a Carta Europeia das Línguas Minoritárias ou Regionais do Conselho Europeu.

Touradas - Glória ou Sofrimento?

Selos Espanhóis





Touradas




As touradas na Espanha, uma prática que teve origem em Creta, onde o objetivo era domar e matar touros enfurecidos pelos gritos e pelos golpes de espadas aplicados pelos toureiros.
Nas touradas originais do Império Romano, os toureiros encontravam-se permanentemente a cavalo e o objectivo do espectáculo era a celebração de ocasiões assinaláveis, como casamentos reais, vitórias militares ou datas religiosas importantes.
Os primeiros registos de touradas remontam ao ano 815, ano em que em determinada ocasião política da actual Espanha foram mortos touros em homenagem ao evento. Na documentação relativa à coroação de Afonso VII, em 1135, também existem referências a touradas, em Logroño, onde vários cavaleiros famosos atestaram a sua bravura. A tourada era, portanto um entretenimento aristocrático, cuja ocorrência não era frequente e não existiam normas próprias que a definissem.
Ao longo dos séculos, as touradas passaram a fazer parte do domínio público. Durante o século XVIII, tornaram-se efectivamente um espectáculo para as massas e passaram a realizar-se espectáculos em que os toureiros combatiam a pé; a arena era invadida por bandos de homens dos mais baixos estratos sociais, que matavam touros de todas as formas imagináveis, espetando-os com espadas, punhais e facas.
Carlos IV chegou a proibir as touradas, mas a subida ao trono de Espanha de Fernando VII trouxe de novo os espectáculos, que atingiram grande popularidade. Em 1830, foi este monarca que fundou a Escola Real de Tauromaquia, em Sevilha. Esta instituição liderou um dos principais estilos da tourada, enquanto Ronda terá defendido um outro.

Origem

A História da Espanha é a própria de uma nação européia, que compreende o período entre a pré-história e a época atual, passando pela formação e queda do primeiro Império espanhol.Os primeiros humanos chegaram à Península Ibérica no território da atual Espanha há 35 mil anos.
Durante os milênios seguintes o território foi invadido e colonizado por celtas, fenícios, cartagineses, gregos e pelo ano 200 a. C. a maior parte da Península Ibérica começou a formar parte do Império Romano. Após a queda de Roma, a península foi dominada pelo Reino suevo (na Galiza) e o Reino visigodo no embrião da atual Espanha. Tal reino foi estabelecido no século V e se manteve até os começos do século VIII. No ano 711 aconteceu a primeira invasão de muçulmanos, vindos do Norte da África, e que em poucos anos dominaram grande parte da Península Ibérica. Durante os 750 anos seguintes, se estabeleceram pequenos reinos independentes, chamados ‘‘Taifas’‘, ainda que a área total de controle muçulmano se conhecia com o nome de Al-Andalus.
As contínuas disputas entre muçulmanos e cristãos tiveram como conseqüência a Reconquista, começando no século VIII com a resistência cristã no norte da Espanha e através dos seguintes séculos com o avanço dos reinos cristãos ao o sul, culminando com a conquista de Granada e com a expulsão dos últimos mouros em 1492. Durante este período os reinos e principados cristãos se desenvolveram notavelmente, incluídos os mais importantes, a Coroa de Castela e o Reino de Aragão. A união destes dois reinos através do casamento em 1469 da Rainha Isabel I de Castela e o Rei Fernando II de Aragão levou à criação do Reino da Espanha.

Curiosidade

O nome Espanha só começou a ser utilizado para designar o país depois da Restauração Portuguesa de 1640. Até aí o termo não se aplicava ao país Leão e Castela mas sim a toda a península. Esta designação deriva de Hispania, nome com o qual os romanos designavam geograficamente a Península Ibérica, nome que por sua vez provém do nome Ibéria. Fato do termo Hispania não ter uma raiz latina resultou na formulação de diversas teorias sobre a sua origem, algumas controversas. A opção mais aceitada seria a de que o nome Hispania provém do fenício i-spn-ea.[4] Os romanos tomaram essa denominação dos vencidos cartaginenses, interpretando o prefixo i como costa, ilha ou terra, e o sufixo ea com o significado de região. O lexema spn foi traduzido como Coelhos (na realidade Dassies, animais comuns no norte da África). Os romanos, por tanto, deram ao nome Hispania o significado de terra de coelhos abundantes.

Hino Espanhol

Marcha Real

A Marcha Real é o hino nacional da Espanha. É um dos raros hinos nacionais que não tem letra. A música é bastante antiga e data no mínimo de 1761. Foi adoptado e abandonado diversas vezes, sendo promulgado pela última vez em 1997. A última letra foi a Franquista (cujo nome foi mudado para ¡Viva España!), abandonado no final do governo de Francisco Franco. Em 2007 o Comitê Olímpico Internacional promoveu um concurso para escrever uma letra não oficial para o hino, ganho por Paulino Cubero, um desempregado manchego de 52 anos.

Versão em português

Glória, glória, coroa da Pátria
soberana luz
que tem ouro em tua bandeira

Vida, vida, futuro da Pátria
que em teus olhos tem
aberto coração

Púrpura e ouro: bandeira imortal
em tuas cores, juntas, carne e alma estão.

Púrpura e ouro: querer e conseguir;
Tú és, bandeira, o sinal do trabalho humano

Glória, gloria, coroa da Pátria,
soberana luz
que tem ouro em sua Bandeira.

Púrpura e ouro: bandeira imortal
em tuas cores, juntas, carne e alma estão.

Brasão


O Brasão de armas da Espanha é uma composição de outros seis brasões:

O primeiro quarto,de Castela:uma torre de três torreões a dourado, aclarado a azul, com contorno negro;
O segundo quarto, de Leão:de fundo cor de prata,om um leão de coroa dourada, linguado e unhado;
O terceiro quarto, de Aragão:a dourado, com quatro listas vermelhas;
O quarto quarto, de Navarra:fundo vermelho, com correntes interligadas a dourado dispostas em cruz, a partir do centro, onde consta uma esmeralda;
Na base de Granada:de fundo de prata, uma romã,com duas folhas a verde.
Sobre tudo e ao centro, um escudo pequeno de azul com três flores de lis de ouro,bordadas de gules,representando o Bourbon.

É acompanhado por duas colunas de prata, base e capitel a ouro,sobre ondas de azul e prata, superadas pela coroa imperial à direita e pela coroa real à esquerda, ambas em ouro e, rodeadas por uma fita vermelha com letras a ouro, à direita "Plus" e à esquerda "Ultra". As duas colunas representam os Pilares de Hércules que são os promontórios dos dois lados do extremo oeste do estreito de Gibraltar. No topo, a Coroa Real de Aragão fechada, que é um círculo em ouro, cravado de pedras preciosas, e é forrada a vermelho.

Bandeiras Históricas



Reino de Espanha entre 1977 e 1981

Bandeiras Históricas



Ditadura franquista modelo utilizado entre 1945 e 1977

Bandeiras Históricas



Nacional durante a Guerra Civil (1936-1939)

Bandeiras Históricas



Segunda República de 1931 até 1939

Bandeiras Históricas



Primeira República * (1873-1874) provisional

Bandeiras Históricas



Marinha Mercante durante 1785 e 1843

Bandeiras Históricas



Defesas costeiras, Castelos durante 1701-1771 1793

Bandeiras Históricas



Armada (sencilla) durante 1701-1785

Bandeiras Históricas



Armada durante 1748-1785

Bandeiras Históricas



Armada durante 1701-1748

Bandeiras Históricas



Cruz de Borgonha, bandeira de ultramar durante 1506-1785

Bandeiras Históricas



Reino de Navarra

Bandeiras Históricas



Coroa de Castela do Reino de Castela

Bandeiras Históricas



Coroa de Aragão do Reino de Aragão

Bandeira




A bandeira da Espanha, um dos símbolos oficiais da país, juntamente com o brasão da Espanha, foi adaptada em 5 de Outubro de 1981 mediante a aprovação da Lei que estabeleceu a última versão do Escudo Nacional. Anteriormente, e a partir de 29 de Dezembro de 1978, com a entrada da Constituição, confirmou-se no próprio texto constitucional a utilização de um modelo oficial.

Nomenclatura


O nome oficial do país é Reino da Espanha.

Os colonizadores fenícios encontraram coelhos em abundância e as confundiram com os hiraxes (pequeno mamífero do norte da África), nomeando a terra no dialeto canaanita. Os romanos, que falavam latim, adaptaram o nome para “Hispania”, do qual derivam os nomes nas línguas ocidentais.